domingo, 17 de outubro de 2010

AS REVELAÇÕES DO APOCALIPSE

Capítulo 1

Apocalipse


Uma parábola viva do Fim do Mundo

No Apocalipse são pintadas as coisas profundas de Deus. O próprio nome dado a suas inspiradas páginas, "revelação", contradiz a afirmação de que é um livro selado. Uma revelação é alguma coisa que foi revelada. O próprio Senhor revelou a Seu servo os mistérios contidos neste livro, e propõe que seja aberto ao estudo de todos. Suas verdades são dirigidas aos que vivem nos últimos dias da história da Terra, como o foram aos que viviam nos dias de João. Algumas das cenas descritas nesta profecia estão no passado e algumas estão agora tendo lugar; algumas apresentam-nos o fim do grande conflito entre os poderes das trevas e o Príncipe do Céu e algumas revelam os triunfos e o regozijo dos remidos na Terra renovada. Atos dos Apóstolos, 584.

1) O que Deus revela sobre os Seus planos para o nosso futuro? Jeremias 29:11.

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Verso 1 Revelação (Declaração ou divulgação de coisa que estava em segredo ou era ignorada) de Jesus Cristo (que se origina nEle e que O revela), a qual Deus lhe deu (desde a entrada do pecado toda a comunicação entre o Céu e a Terra tem sido por meio de Cristo, que é o Representante legal da Divindade ante à humanidade caída) para mostrar aos seus servos (aqueles que são obedientes) as coisas que brevemente devem acontecer (isto é, na plenitude dos tempos); e pelo seu anjo as enviou (este anjo é Gabriel {Lucas 1:19}, representado o interesse das hostes angélicas em socorrer a humanidade {Hebreus 1:14 }) e as notificou a João, seu servo (o qual recebera a promessa de ver Jesus pessoalmente antes de morrer { João 21:22 e 23 }, e que na compreensão de muitos deveria viver até a Segunda Vinda de Cristo, porém a promessa estava sendo cumprida neste momento),

Verso 2 o qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo (declarou ter visto ou conhecido o cumprimento das profecias dadas por Deus, e deu testemunho por preceito e exemplo de tudo o que Deus lhe revelara através do primeiro advento e da revelação do Apocalipse), e de tudo o que tem visto (na vida de Cristo em Seu primeiro advento e em suas visões).

2) Qual é o meio que o Senhor utiliza para nos revelar Seus propositos a nosso respeito? Amós 3:7.

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Verso 3 Bem-aventurado (muito feliz) aquele que lê (os que tem acesso às diretrizes dadas por Deus), e os que ouvem as palavras desta profecia (os que entendem sua mensagem de libertação), e guardam as coisas que nela estão escritas (os que praticam e vivem em função de agradar o Autor do livro); porque o tempo está próximo (como vivemos nos últimos momentos do “tempo”, as profecias do Apocalipse tem uma importância crucial para nós).

3) Quais são os meios estabelecidos pelo Senhor para que sejamos felizes agora e no futuro? Provérbios 29:18; Salmos 119:1 e 2.

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Verso 4 João, às sete igrejas que estão na Ásia (que através de suas características peculiares passariam agora a representar toda a História do povo de Deus em todas as épocas da era Cristã): Graça (oportunidade de receber a vida eterna) e paz (satisfação de pertencer à família de Deus) seja convosco da parte daquele que é (isto é, o que tem a vida em Si mesmo, todo suficiente, o grande Eu Sou), e que era (referindo-se à Sua eterna existência), e que há de vir (revela um Deus que não muda {Malaquias 3:6}, e que cumpre fielmente com Suas promessas), e da dos sete Espíritos (refere-se à ação perfeita do Espírito Santo na vida dos fiéis) que estão diante do seu trono (isto simboliza Sua disposição para agir imediatamente sob a supervisão da Divindade);

Verso 5 E da parte de Jesus Cristo (que cumpre o quadro dos que lutam para que a graça e a paz sejam reais na vida dos cristãos), que é a fiel testemunha (do desamparo humano, que, embora sendo o próprio Deus, sentiu isso na pele), o primogênito dos mortos (o que tem a primazia sobre a morte, pois os que ressuscitaram em todas as épocas e os que ressuscitarão no futuro dependem totalmente de Sua vitória sobre a morte) e o príncipe dos reis da terra (O que reconquistou através de árdua batalha contra o mal o primeiro domínio perdido por Adão a Satanás no Éden) . Àquele que nos ama (que revelou uma disposição de nos salvar incompreensível a nós), e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados (e materializou este amor entregando-Se para que não fossemos achados culpados diante de Deus),

4) Quais são as expressões usadas na Bíblia para revelar a intensidade do amor de Deus para conosco? Jeremias 31:3; João 3:16.

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Verso 6 e nos fez reis (que significa participantes do reino que Cristo veio fundar na Terra) e sacerdotes (que ministram juntamente com Ele com o propósito de promoverem este reino através de um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional, com consciência {Romanos 12:1}) para Deus e seu Pai (é assim que a Divindade nos vê, quando aceitamos a intercessão de Cristo em nosso favor), a ele, glória (valor tributado) e poder (domínio universal) para todo o sempre. Amém!

5) Qual é o propósito de Deus ao estabelecer-nos como reis e sacerdotes? I Pedro 2:9.

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Verso 7 Eis que vem com as nuvens (aqui João expressa a certeza que há quanto ao segundo advento de Cristo, para concluir Sua obra de restauração), e todo olho o verá (todos terão a oportunidade de ver que Deus não falha com Seus escolhidos), até os mesmos que o traspassaram (os que se arregimentaram no exercito do inimigo e tentaram impedir os planos de Deus {Mateus 26:64}); e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!

Verso 8 Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-poderoso (Jesus assume Seu papel como o Grande Eu Sou que atuou em toda a historia humana, o Libertador do povo de Deus, que possui todo o poder no céu e na Terra, e o usa para salvar a humanidade tão preciosa a Seus olhos.

Ninguém deve desanimar no estudo do Apocalipse por causa dos seus símbolos aparentemente místicos. “ E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada.”
Tiago 1:5.


Olá amigo(a) leitor(a) estamos editando um estudo sobre o APOCALIPSE e gostariamos da sua participação.

Você viu que temos algumas perguntas e gostariamos de sua resposta envie para prado.7@hotmail.com, basta copiar e colar o estudo no microsoft office word e encaminhar para o endereço de email que teremos o prazer de tirar suas dúvidas com respeito ao estudo do APOCALIPSE.

A equipe do PROJETO PACTO agradece e bom estudo!!

Daniel - Capítulo 2 - Parte 2


O SONHO E SUA INTERPRETAÇÃO

Por isso Daniel foi ter com Arioque, ao qual o rei tinha constituído para matar os sábios de Babilônia; entrou, e disse-lhe assim: Não mates os sábios de Babilônia; introduze-me na presença do rei, e lhe darei a interpretação.

Então Arioque depressa introduziu Daniel à presença do rei, e disse-lhe assim: Achei dentre os filhos dos cativos de Judá um homem que fará saber ao rei a interpretação.

A primeira preocupação de Daniel foi a de rogar pelos sábios de Babilônia para que a sentença que pesava sobre eles fosse anulada. Não tinham feito nada para ganhar o indulto, mas se salvaram pela presença de um homem justo entre eles. Com freqüência ocorreu isto. Os retos são a "sal da terra". Têm a qualidade de preservar. Devido à presença de Paulo no barco, os marinheiros e todos os que estavam a bordo se salvaram. Os ímpios não sabem quanto devem aos justos. No entanto, com freqüência os maus ridicularizam e perseguem precisamente àqueles a quem devessem agradecer pela preservação de sua vida.

Possivelmente pela grande alegria de que o segredo tivesse sido revelado. Agora poderia ver-se livre da sangrenta tarefa de executar a todos os sábios, missão para a qual sem dúvida não tinha ânimo.

Respondeu o rei e disse a Daniel, cujo nome era Beltessazar: Podes tu fazer-me saber o sonho que tive e a sua interpretação?

Daniel não tinha nenhum desejo de exaltar-se sobre os sábios. Ao invés, desejava fazer ver ao rei a futilidade de confiar em seus sábios quando precisava conselho e ajuda. Esperava que o rei voltasse os olhos para o grande Deus celestial, o Deus a quem Daniel adorava o Deus dos hebreus, cujo povo tinha sido vencido pelo rei.

Respondeu Daniel na presença do rei e disse: O mistério que o rei exigiu, nem sábios, nem encantadores, nem magos, nem adivinhadores lhe podem revelar;

Mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de suceder nos últimos dias. O teu sonho e as visões que tiveste na tua cama são estas:

Estando tu, ó rei, na tua cama, subiram os teus pensamentos sobre o que havia de suceder no futuro. Aquele, pois, que revela os mistérios te fez saber o que há de ser.

E a mim me foi revelado este mistério, não por ter eu mais sabedoria que qualquer outro vivente, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei, e para que entendesses os pensamentos do teu coração.

A mensagem do sonho era para a instrução de Nabucodonosor bem como a dos governantes e povos até o fim do tempo. O esboço da profecia nos leva desde o tempo de Nabucodonosor até o fim do mundo e a segunda vinda de Cristo. Nabucodonosor almejava conhecer o futuro que pressentia tenebroso. Deus lhe revelou o futuro, não para satisfazer sua curiosidade senão para acordar em sua mente um sentido de responsabilidade pessoal para com o plano celestial.

Neste sonho se representam acontecimentos futuros que começam no tempo de Daniel e Nabucodonosor e que se estendem até o fim do mundo.

Tu, ó rei, na visão olhaste e eis uma grande estátua. Esta estátua, imensa e de excelente esplendor, estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível.

A cabeça dessa estátua era de ouro fino; o peito e os braços de prata; o ventre e as coxas de bronze;

As pernas de ferro; e os pés em parte de ferro e em parte de barro.

Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mãos, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou.

Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a pragana das eiras no estio, e o vento os levaram, e não se podia achar nenhum vestígio deles; a pedra, porém, que feriu a estátua se tornou uma grande montanha, e encheu toda a terra.

Este é o sonho; agora diremos ao rei a sua interpretação.

O plural indica que Daniel incluía a seus colegas com ele. Eles se lhe tinham unido em fervente oração para que a interpretação fosse revelada, e Daniel pode ter querido reconhecer a participação que lhes coube no assunto

Tu, ó rei, és rei de reis, a quem o Deus do céu tem dado o reino, o poder, a força e a glória;

Em suas inscrições Nabucodonosor atribui seu sucesso como rei a seu deus Marduk, mas Daniel em forma cortês corrige esta idéia equivocada. Afirma que é o Deus do céu quem lhe deu tal poder.

E em cuja mão ele entregou os filhos dos homens, onde quer que habitem os animais do campo e as aves do céu, e te fez reinar sobre todos eles; tu és a cabeça de ouro.

Nabucodonosor era a personificação do Império Neobabilônico. As conquistas militares e o esplendor arquitetônico de Babilônia se deviam, em grande parte, a suas proezas.

Para embelezar a cidade de Babilônia se tinha usado ouro em abundância. Heródoto descreve com profusão de termos o resplendor do ouro nos templos sagrados da cidade. A imagem do deus, o trono sobre o qual estava sentado, a mesa e o altar estavam feitos de ouro.

Nabucodonosor sobressaía entre os reis da antigüidade. Deixou a seus sucessores um reino grande e próspero.

Depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de bronze, o qual terá domínio sobre toda a terra.

Alguns comentadores explicaram que o termo "inferior" significa "mais abaixo na imagem", ou "embaixo". A expressão significa corretamente, "para abaixo", "para a terra", mas neste versículo Daniel não fala da posição relativa dos metais, senão das nações. Ao contrastar os dois reinos, encontramos que ainda que o segundo foi mais extenso, certamente foi inferior em luxo e magnificência. Os conquistadores medos e persas adotaram a cultura da complexa civilização babilônica, porque a sua estava muito menos desenvolvida.

Este segundo reino da profecia de Daniel é chamado Império Medo-Persa, porque começou como uma combinação em media e Pérsia. Incluía o mais antigo Império Medo e as aquisições mais recentes do conquistador persa Ciro.

O sucessor do Império Medo-Persa foi o Império "Grego" (mais propriamente Macedônico ou Helenístico) de Alexandre Magno mais conhecido como (Alexandre o Grande) e seus sucessores, os capitães da guarda do Rei da Grécia Alexandre são esses (Seleuco, Cassandro, Lisimaco e Ptolomeu).

O último rei do Império Persa foi Darío III (Codomano), que foi derrotado por Alexandre nas batalhas de Gránico (334 a. C.), ISO (333 a. C.), e Arbela ou Gaugamela (331 a. C.).

Os soldados gregos se distinguiam por sua armadura de bronze. Seus capacetes, escudos e machados de batalha eram de bronze.

A história registra que o domínio de Alexandre se estendeu sobre Macedônia, Grécia e o Império Persa. Incluiu a Egito e se expandiu pelo oriente até a Índia. Foi o império mais extenso do mundo antigo até esse tempo. Seu domínio foi "sobre toda a terra" no sentido de que nenhum poder da terra era igual a ele, e não porque cobrisse todo mundo, nem ainda toda a terra conhecida nesse tempo. Um "poder mundial" pode definir-se como aquele que está acima de todos os demais, invencível; não necessariamente porque governe a todo mundo.

E haverá um quarto reino, forte como ferro, porquanto o ferro esmiúça e quebra tudo; como o ferro quebra todas as coisas, assim ele quebrantará e esmiuçará.

É evidente que o reino que sucedeu aos restos divididos do Império Macedônico de Alexandre foi o que Gibson chamou muito adequadamente a "monarquia de ferro" de Roma, ainda que não era monarquia no tempo em que chegou a ser o principal poder do mundo.

Desde então Roma se fez dona do Mediterrâneo ocidental e era mais poderosa do que qualquer dos Estados do oriente, ainda que ainda não se tivesse enfrentado com eles. Desde então Roma primeiro dominou e depois absorveu, um depois de outro, aos três reinos que ficaram dos sucessores de Alexandre, e assim chegou a ser o seguinte grande poder mundial depois do de Alexandre. Este quarto império foi o que mais durou e o mais extenso dos quatro, pois no século II d. C. estendia-se desde Inglaterra até o Eufrates.

Quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado com barro de lodo.

E como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil.

Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão pelo casamento; mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro.

o E como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil. Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro.

o A profecia de Daniel suportou e suportará a prova do tempo. Algumas potências mundiais foram débeis, outras fortes. O nacionalismo continuou com vigor. As tentativas de converter num império único e grande as diversas nações que surgiram do quarto império terminaram no fracasso. Certas seções se uniram transitoriamente, mas a união não resultou nem pacífica nem permanente.

o Teve também muitas alianças políticas entre as nações. Estadistas de ampla visão por diversos médios trataram de realizar uma federação de nações que se desempenhasse eficazmente, mas todas essas tentativas se frustraram.

o A profecia não declara especificamente que não poderia ter uma união transitória de vários elementos, por meio da força das armas ou de uma dominação política. No entanto, afirma que se se tentasse ou se conseguisse formar tal união, as nações que a integrassem não se fusionariam organicamente, e continuariam seus receios mútuos e hostis. Uma federação formada sobre tal fundamento está condenada à ruína. O sucesso passageiro de algum ditador ou de alguma nação não deve assinalar-se como o fracasso da profecia de Daniel. Ao fim Satanás poderá formar uma união transitória de todas as nações (Apocalipse. 17: 12-18; Apocalipse. 16: 14), mas a confederação será efêmera, e em pouco tempo os elementos que formem essa união se voltarão um contra o outro.

Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; nem passará a soberania deste reino a outro povo; mas esmiuçará e consumirá todos esses reinos, e subsistirá para sempre.

Muitos comentadores trataram de fazer deste detalhe da profecia uma predição da primeira chegada de Cristo e da posterior conquista do mundo pelo Evangelho. Mas este "reino" não devia coexistir com nenhum daqueles quatro reinos; devia suceder à fase do ferro e barro misturados, que ainda não tinha chegado quando Cristo esteve na terra. O reino de Deus estava ainda no futuro nesse tempo, como o Senhor disse claramente a seus discípulos no último jantar (Mat. 26: 29). Tem de ser estabelecido quando Cristo vinga no dia final para julgar aos vivos e aos mortos (II TIM. 4: 1; Mat. 25: 31-34).

Porquanto viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro, o grande Deus faz saber ao rei o que há de suceder no futuro. Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação.

Este reino tem origem sobre-humana. Tem de ser fundado, não pelas hábeis mãos dos homens, senão pela poderosa mão de Deus.

Então o rei Nabucodonosor caiu com o rosto em terra, e adorou a Daniel, e ordenou que lhe oferecessem uma oblação e perfumes suaves.

Respondeu o rei a Daniel, e disse: Verdadeiramente, o vosso Deus é Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador dos mistérios, pois pudeste revelar este mistério.

Então o rei engrandeceu a Daniel, e lhe deu muitas e grandes dádivas, e o pôs por governador sobre toda a província de Babilônia, como também o fez chefe principal de todos os sábios de Babilônia.

Até esse momento Nabucodonosor conhecia pouco do Deus verdadeiro, e ainda menos da maneira como se o devia adorar. Até ali seu conhecimento de Deus estava limitado ao que tinha visto do caráter divino refletido na vida de Daniel e o que Daniel lhe tinha dito de Deus. É muito possível que Nabucodonosor, ao ver em Daniel o representante vivo de "os deuses cuja morada não é com a carne" (vers. 11), tivesse a intenção de que os atos de adoração que dispôs para Daniel fossem para honrar ao Deus de Daniel. Sem dúvida, por seu limitado conhecimento do verdadeiro Deus, Nabucodonosor estava fazendo o melhor do que sabia nessa ocasião para expressar sua gratidão e honrar àquele cuja sabedoria e cujo poder tinham sido demonstrado em forma tão impressionante.

Nabucodonosor, que chamava a seu deus patrono Marduk "senhor de deuses", aqui reconhece que o Deus de Daniel é infinitamente superior a qualquer dos assim chamados deuses dos babilônios.

Nabucodonosor era homem de inteligência e sabedoria superiores, como o revelam os planos que dispôs para o ensino profissional dos servidores públicos da corte (cap. 1: 3-4) e sua habilidade para justipreciar sua "sabedoria e inteligência" (vers. 18-20). Ainda que fosse imperfeito o conceito que Nabucodonosor possuía do verdadeiro Deus, agora tinha uma prova irrefutável de que o Deus de Daniel era infinitamente mais sábio do que os sábios ou do que os deuses de Babilônia. Alguns fatos posteriores teriam de convencer ao rei Nabucodonosor com respeito a outros atributos do Deus do céu.

A pedido de Daniel, o rei constituiu superintendentes sobre os negócios da província de Babilônia a Sadraque, Mesaque e Abednego; mas Daniel permaneceu na corte do rei.

Daniel não interpretou o sonho para obter alguma recompensa do rei. Seu único propósito era engrandecer a Deus ante o rei e antes de mais nada o povo de Babilônia.

Daniel não ficou embriagado pelas grandes honras que lhe tinham sido outorgado. Recordou a seus colegas. Tinham compartilhado a oração; também compartilharam a recompensa.

Como foi mostrado no capitulo 1 e 2 de Daniel vimos o poder divino atuando em prol dos hebreus cativos em Babilônia.

Mesmo o povo tendo sido avisado por Isaías e confirmado por Jeremias que se continuasse a se corromper seriam levados cativos e perderia sua identidade por causa de suas faltas perante o Deus dos céus. Mesmo assim Deus não os abandonaria por que como na história de Sodoma e Gomorra, se existisse entre aquele povo algum fiel eles seriam poupados do castigo ao qual eles estavam buscando pela desobediência a Deus. (Gênesis. 13: 13).

Mas para que isso ocorra na vida do cristão como ocorreu na vida de Daniel e seus amigos devemos ser fieis até a morte (Apocalipse 2: 10).

O mais interessante neste relato bíblico é para que isso tenha ocorrido a Daniel e seus amigos e para eles terem sido beneficiados os pais os ensinaram como deveriam viver a onde quer que eles estejam. (Deuteronomio. 6: 5-7; Provérbios. 1: 8; Efésios. 6: 1-3).

Como vimos na chegada de Daniel a Babilônia, Satanás já o testou para saber se ele manteria sua fidelidade a Deus acima de qualquer coisa como ocorreu também a José (Gênesis. 39: 7-10).

Todos que dizem ser fiéis e tementes a Deus serão colocados a prova por satanás a fim de ser derrotado para que no dia do julgamento tenha do que ser acusado, pois o acusador é satanás e nosso advogado é no Senhor e Salvador Jesus Cristo. (I João 2: 1).

Mas nunca podemos perder de vista que a guerra entre o bem e o mal ela ainda não acabou então satanás continuara a nos tentar ate o ultimo instante.

O REPRESENTANTE DIVINO

O representante Divino

Quais as características de um representante de Deus?

Então disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos que trouxesse alguns dos filhos de Israel, dentre a linhagem real e dos nobres, jovens em quem não houvesse defeito algum, de bela aparência, dotados de sabedoria, inteligência e instrução... Ora, entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Daniel 1: 3, 4 e 6.

 A saúde física e uma aparência formosa eram consideradas qualidades indispensáveis para um magistrado de alta linhagem entre os antigos, e ainda hoje estas características são muito bem cotadas.

• Vendo nesses jovens a promessa de habilidade digna de nota, Nabucodonosor determinou que fossem educados para ocupar importantes posições em seu reino. Para que pudessem ser plenamente capacitados para sua carreira, ele fez arranjos para que aprendessem a língua dos caldeus, e que por três anos lhes fossem asseguradas as vantagens incomuns da educação fornecida aos príncipes do reino. Profetas e Reis pág. 480.

 Quando o povo de Israel, seu rei, nobres e sacerdotes foram levados em cativeiro, quatro de entre eles foram selecionados para servir na corte do rei da Babilônia. Um deles era Daniel, o qual, muito cedo, deu mostras da grande habilidade desenvolvida nos anos subseqüentes. Esses rapazes eram todos de nascimento nobre e são descritos como jovens em quem não havia "defeito algum, formosos de aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e sábios em ciência, e entendidos no conhecimento" e tinham "habilidade para viver no palácio do rei". Percebendo os preciosos talentos destes jovens cativos, o rei Nabucodonosor determinou prepará-los para ocuparem importantes posições em seu reino. A fim de que pudessem tornar-se perfeitamente qualificados para sua vida na corte, de acordo com o costume oriental, eles deviam aprender a língua dos caldeus e submeter-se, durante três anos, a um curso completo de disciplina física e intelectual. Santificação pág. 18.

Como obter essas características?

TEVE em terra de Uz um varão chamado Jó; e era este homem perfeito e reto, temeroso a Deus e apartava-se do mau. Jó 1:1.

Como Daniel, Jó propôs em seu coração não se contaminar com as coisas que o mundo oferece. Assim ele obteve características importantes para ser um homem em quem pudéssemos ter como referência de obediência e fidelidade a Deus.

E como representante da Divindade cumpriu com seu papel de servo fiel.

Perfeito. Esta palavra não implica necessariamente a idéia de impecabilidade absoluta. Antes bem significa plenitude, integridade, sinceridade, mas num sentido relativo. O homem "perfeito" à vista de Deus é o que atingiu o grau de desenvolvimento que o Criador espera dele em algum tempo dado.

Reto Temeroso de Deus. Expressão bíblica que denota lealdade e dedicação a Deus.

Apartado. A idéia é a de evitar o mau apartando-se dele como se tratasse da presença do perigo. (Comparar com Genesis 39: 7- 9 ). As quatro idéias incluídas neste versículo não são meras repetições mas para impressionar ao leitor com a forma de como Jó era um homem bom com a presença do Espírito Santo na sua vida. Mais bem se contemplam mutuamente formando um quadro total de um personagem que via o principio divino.

José foi um dos personagens provados e mostrou ter obtido a característica de verdadeiro representante de Deus Porque?

Por que a mulher de Potifar pôs seus olhos em José, e disse: Dorme comigo. E ele (José) não quis, e disse à mulher de Potifar: Tenho aqui que meu senhor não se preocupa comigo do que há em casa, e pôs em minha mão todo o que tem. Não há outro maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me reservou senão a ti, porquanto tu és mulher dele; como, pois, faria eu este grande mal, e pecaria contra Deus? Genesis 39: 7- 9.

Potifar depositava muita confiança em José, e isso fez com que esta confiança depositada nele reforçasse seu sereno propósito de ser leal a Deus, o que lhe resultara ainda mais desejáveis, seus excelsos ideais de honra pessoal e integridade.

Como representar a Deus para alcançar o povo?

O personagem chamado pelo senhor foi Moisés: Então disse Moisés ao Senhor: Ah, Senhor! eu não sou eloqüente, nem o fui dantes, nem ainda depois que falaste ao teu servo; porque sou pesado de boca e pesado de língua. Ao que lhe replicou o Senhor: Quem faz a boca do homem? Ou quem faz o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego?. Não sou eu, o Senhor? Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar. Êxodo 4: 10-12.

Agora, pois, vem e eu te enviarei a Faraó, para que tireis do Egito o meu povo, os filhos de Israel. Então Moisés disse a Deus: Quem sou eu, para que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel? Respondeu-lhe Deus: Certamente eu serei contigo; e isto te será por sinal de que eu te enviei: Quando houveres tirado do Egito o meu povo, servireis a Deus neste monte. Êxodo 3: 10-12.

Eu estarei contigo. Deus não refutou ( debateu, Não estar de acordo com...) os argumentos de Moisés senão que lhe assegurou a companhia e ajuda divinas. Não há nenhuma habilidade humana, nem poder humano, nem inventiva própria do homem que possam realizar o que só é possível cooperando com Deus.

Deus deu a Moisés uma prova de que não seria enviado a uma missão infrutuosa (sem resultado, fracassada).

Moisés pensou nas dificuldades que seriam encontradas, na cegueira, ignorância e incredulidade de seu povo, muitos dos quais estavam quase destituídos do conhecimento de Deus. Patriarcas e Profetas pág. 252.

Quando compreendemos que somos coobreiros de Deus, Suas promessas não serão proferidas com indiferença. Elas arderão em nossa alma e inflamar-se-ão em nossos lábios. A Moisés, quando chamado a servir a um povo ignorante, indisciplinado e rebelde, foi feita por Deus a promessa: "Irá a Minha presença contigo para te fazer descansar." Êxodo. 33:14. E Ele disse: "Certamente Eu serei contigo." Êxodo. 3:12. Essa promessa pertence a todos quantos trabalham em lugar de Cristo, em favor de Seus aflitos e sofredores. O Desejado de Todas as Nações pág. 641.

Devoção e humildade sempre caracterizaram os homens a quem Deus confiou importantes responsabilidades em Sua obra. O chamado divino a Moisés no deserto encontrou-o sem confiança em si mesmo. Ele reconheceu sua incapacidade para a posição a que Deus o chamara; havendo, porém, aceito o encargo, tornou-se um polido instrumento nas mãos de Deus para realizar a maior obra já confiada aos mortais. E Recebereis Poder – Meditação Matinal pág. 259.

Se podemos fazer arranjos de modo que se tenham grupos organizados e instruídos inteligentemente com respeito à parte que devem desempenhar como servos do Mestre, nossas igrejas terão uma vida e vitalidade de que necessitam há muito tempo. Beneficência Social pág. 53.

Na fraqueza de um homem obediente, se revela o poder de um Deus Fiel.